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@ -36,7 +36,7 @@ qualquer distribuição.
- [[./aulas/12-fgets][Aula 12: Leitura da entrada padrão com a função 'fgets']] ([[https://youtu.be/ZZr9HBPo0Oc][vídeo]]) ([[./exercicios/12/README.org][exercícios]])
- [[./aulas/13-read][Aula 13: Leitura da entrada padrão com chamadas de sistema]] ([[https://youtu.be/bW3Xox6LP_U][vídeo]]) ([[./exercicios/13/README.org][exercícios]])
- [[./aulas/14-rfiles][Aula 14: Abertura de arquivos para leitura]] ([[https://youtu.be/uh3UdYyzXRM][vídeo]]) ([[./exercicios/14/README.org][exercícios]])
- [[./aulas/#][Aula 15: Abertura de arquivos para escrita]] ([[https://youtu.be/vL8vy3krcKc][vídeo]]) ([[./exercicios/15/README.org][exercícios]])
- [[./aulas/15-wfiles][Aula 15: Abertura de arquivos para escrita]] ([[https://youtu.be/vL8vy3krcKc][vídeo]]) ([[./exercicios/15/README.org][exercícios]])
- [[./aulas/#][Aula 16: Abertura de arquivos para leitura e escrita]] ([[https://youtu.be/B42KIZfivsg][vídeo]]) ([[./exercicios/16/README.org][exercícios]])

124
aulas/15-wfiles/README.org Normal file
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@ -0,0 +1,124 @@
#+title: Curso Básico da Linguagem C
#+subtitle: Aula 15: Abertura de arquivos para escrita
#+author: Blau Araujo
#+startup: show2levels
#+options: toc:3
* Aula 15: Abertura de arquivos para escrita
[[https://youtu.be/vL8vy3krcKc][Vídeo desta aula]]
** Modos de abertura de arquivos
Em relação ao sentido do fluxo de dados, nós podemos realizar duas operações
com arquivos abertos: leitura e escrita. Com a função =fopen=, isso é definido
em seu segundo argumento através de uma /string de modo/:
| String | Modo | Descrição |
|--------+---------+---------------------------------------------------------------------------------------------------|
| ="r"= | Leitura | Abre o arquivo para leitura a partir de seu início. Se o arquivo não existir, causa um erro. |
| ="w"= | Escrita | Apaga os dados originais do arquivo para escrever novos. Se o arquivo não existir, ele é criado. |
| ="a"= | /Append/ | Abre o arquivo para acrescentar novos dados ao seu final. Se o arquivo não existir, ele é criado. |
Na chamada de sistema =open=, as strings de modo seriam equivalentes às /flags/:
- ="r"=: =O_RDONLY=
- ="w"=: =O_WRONLY | O_CREAT | O_TRUNC=
- ="a"=: =O_WRONLY | O_CREAT | O_APPEND=
#+begin_quote
As /flags/ múltiplas são passadas como operações /OR bit-a-bit/.
#+end_quote
*** Modos complementares
Incluindo o caractere =+= ao final da string de modo, também será possível
realizar a operação oposta:
| String | Modo | Descrição |
|--------+-------------------+-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------|
| ="r+"= | Leitura e escrita | Posiciona o ponteiro interno no início do arquivo para leitura e escrita. Se o arquivo não existir, causa um erro. |
| ="w+"= | Escrita e leitura | Apaga os dados originais do arquivo para escrever novos e ler o que for escrito. Se o arquivo não existir, ele é criado. |
| ="a+"= | /Append/ e leitura | Posiciona o ponteiro interno no fim do arquivo para leitura e para acrescentar novos dados. Se o arquivo não existir, ele é criado. |
#+begin_quote
Nós voltaremos a este assunto na próxima aula, mas deve ser evidente que
precisaremos controlar o ponteiro interno do arquivo para realizar operações
de leitura e escrita em um mesmo /stream/.
#+end_quote
*** Modos texto e binário
Sistemas /Unix-like/ não fazem distinção entre arquivos texto e binários em
operações de entrada e saída (I/O). Portanto, o caractere =b=, que pode ser
incluído ao final ou entre os caracteres da string de modo, não terá efeito
e só precisaria ser utilizado no caso da possibilidade do programa ser
portado para outros sistemas.
** Modos de escrita
Em termos gerais, as etapas de trabalho com arquivos abertos para escrita ou
/append/ são os mesmos de quando falamos da leitura:
- Abertura do arquivo para obter um /stream/;
- Processamento dos dados;
- Fechamento do stream.
*** Abertura de um arquivo para escrita ("w")
Neste exemplo, o arquivo =linha.txt= será criado (ou truncado, se já existir)
para receber uma linha digitada pelo usuário no terminal:
#+begin_src c
// Abertura do arquivo para escrita...
char *file = "linha.txt";
FILE *stream = fopen(file, "w");
if (!stream) {
perror("Erro na abertura do arquivo");
return EXIT_FAILURE;
}
// Processamento...
char line[BUFSIZ]; // Buffer para receber a linha digitada.
fgets(line, BUFSIZ, stdin); // Lê a digitação no terminal.
fprintf(stream, "%s", line) // Copia a string no buffer para o arquivo.
// Fechamento do arquivo...
fclose(stream);
#+end_src
Assim, toda vez que o programa for executado, seu conteúdo será substituído
pelo que nós digitarmos (exceto na primeira vez, quando o arquivo for criado).
*** Abertura de um arquivo para append ("a")
Para que o arquivo =linha.txt= receba novas linhas a cada execução do exemplo
anterior, basta trocar a string de modo:
#+begin_src c
// Abertura do arquivo para append...
char *file = "linha.txt";
FILE *stream = fopen(file, "a");
if (!stream) {
perror("Erro na abertura do arquivo");
return EXIT_FAILURE;
}
// Processamento...
char line[BUFSIZ]; // Buffer para receber a linha digitada.
fgets(line, BUFSIZ, stdin); // Lê a digitação no terminal.
fprintf(stream, "%s", line) // Copia a string no buffer para o arquivo.
// Fechamento do arquivo...
fclose(stream);
#+end_src
** Notas gerais
- Enquanto o arquivo estiver aberto, nós podemos realizar diversas operações
de escrita.
- No caso do modo ="w"=, o conteúdo anterior do arquivo só será truncado na
sua abertura, não a cada escrita com o arquivo já aberto.
- Toda vez que algo é escrito no arquivo, seu ponteiro interno é posicionado
no byte seguinte ao último byte escrito.

93
exercicios/15/README.org Normal file
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@ -0,0 +1,93 @@
#+title: Curso Básico da Linguagem C
#+subtitle: Exercícios
#+author: Blau Araujo
#+startup: show2levels
#+options: toc:3
* Exercícios da aula 15: Abertura de arquivos para escrita
- [[../../aulas/14-wfiles/README.org][Anotações da aula]]
- [[https://youtu.be/vL8vy3krcKc][Vídeo]]
** 1. Programa 'nf' (new file)
No Unix e no GNU, é comum as pessoas associarem a criação de novos arquivos
vazios ao utilitário =touch=, mas isso é só um efeito colateral de seu verdadeiro
propósito, que é alterar a data/hora de último acesso ao arquivo. Sendo assim,
crie um programa realmente dedicado a criar novos arquivos vazios.
Uso proposto:
#+begin_example
nf ARQUIVOS...
#+end_example
Notas:
- Os caminhos e nomes dos novos arquivos devem ser passados como argumentos.
- Se nenhum argumento for passado, o programa terminará com erro, imprimindo
suas informações de uso.
- Se algum dos arquivos já existir, o programa não fará nada com ele e apenas
exibirá uma mensagem em =stderr= com o seguinte formato:
#+begin_example
Arquivo NOME já existe: nada será feito!
#+end_example
- Para cada caminho inexistente, o programa deve exibir em =stderr=:
#+begin_example
O diretório DIR não existe: impossível criar ARQUIVO!
#+end_example
- Se algum arquivo não puder ser criado por falta de privilégios do usuário,
a mensagem de erro deve ser:
#+begin_example
Impossível criar ARQUIVO: acesso negado!
#+end_example
- Mesmo que algum arquivo já exista, os demais devem ser criados normalmente.
- Ao terminar, o programa deve exibir em =stdout= a quantidade de arquivos criados
no seguinte formato:
#+begin_example
Arquivos criados: NUM_ARQUIVOS_CRIADOS de NUM_DE_ARQUIVOS_SOLICITADOS
#+end_example
** 2. Programa 'hd' (here doc)
No shell do Unix e do GNU, é possível criar novos arquivos digitando seus
conteúdos com o mecanismo do /here doc/:
#+begin_example
:~$ cat << FIM >> ARQUIVO
#+end_example
Assim, o utilitário =cat= lê as linhas digitadas, imprime essas linhas e o shell
as redireciona para /append/ em =ARQUIVO=. Portanto, crie um programa que reproduza
este comportamento de forma autônoma, ou seja, sem operadores do shell.
Uso proposto:
#+begin_example
hd ARQUIVO
#+end_example
Requisitos:
- Apenas o primeiro argumento será aceito como o caminho e o nome do arquivo que
receberá as linhas digitadas no terminal.
- O programa deve avisar ao usuário se o arquivo já existir, dando a opção de
continuar com o seguinte prompt:
#+begin_example
O arquivo ARQUIVO já existe, deseja modifícá-lo (s/N)?
#+end_example
- A opção padrão, aceita com =Enter=, é =N= (não).
- Se o usuário aceitar continuar, as novas linhas devem ser escritas ao final
do arquivo.
- O programa vai parar de receber novas linhas quando o usuário teclar =Ctrl+D=.
- Antes de terminar, o programa deve exibir o conteúdo atual do arquivo.